Era tudo verdade...

Natal né?A festa já foi ,eu sei,e com ela vieram e passaram ressacas,muito exagero,pouco presente,em suma:mais do mesmo. Talvez seja hora de lembrar do lado "gótico"dessa celebração toda;a morte do Cristo,Braguinha e James Brown.O vácuo dessas ausências continua a me martelar incessantemente,como os sinos das igrejas construídas em nome de Deus.Nunca seremos capazes de agradecer suficientemente à nenhum dos três por tudo o que fizeram por esse mundo,nunca vamos substituí-los à altura e nem ao menos nos importar propriamente com suas ausências nesse banquete que é a vida.De Jesus,já se disse tudo,dos outros dois ,quase tudo,mas persistem as questões,e é dela que se enchem livros,revistas e blogs,das nossas dúvidas sobre o gênio puro,sobre o supremo sacrifício,sobre a diferença entre o comum e o soberbo.O fundamental á meu ver,é tentar oa menos notar e fazer notar que a arte e a religião são irmãs que sempre caminharam juntas em busca do sublime,do inefável,do inexplicável arrebatamento que só a morte e a beleza são capazes de nos trazer.Mas a cada demosntração da possibilidade de uma evolução real,nós fechamos os olhos e arremessamos nossa raiva ,de olhos fechados,sobre qualquer contestador.Eles só tem valor depois de devidamente cooptados num sistema qualquer que seja capaz de apagar sua real importância.A religião e a arte só podem ser alcançadas como produto,com parâmetros e esquemas aceitáveis à qualquer medíocre que se conheça,á qualquer preço que se pague,ambas,em sua queda,são espelhos refletindo a miséria que escolhemos,a incessante guerra contra o novo,contra qualquer coisa que nos force a assumir responsabilidade.Sei, que estou apenas divagando,circulando ao redor do tema,mas é só a verdade que assusta,só a verdade.