Mutretas e monaretas

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Location: Salvador, Bahia, Brazil

Saturday, July 24, 2021

Silêncio e Música

 As noites insones, que passam por mim

Molhadas e frias com gosto nenhum

São tolas memórias, cigarros e afins


São sinais de tempos perdidos

Esperando a musa que nunca virá

Em meio ao silêncio gritando aturdido


Já passam das duas em algum lugar

Já passou da hora, já passou a rua, vai passando a lua, e eu ainda luto, e eu ainda quero ver você entrar. 

Dando a mesma desculpa, 

meu amar é insone como o silêncio e música.

Meia noite de Iemanjá

 Cair da meia noite, meu pincel à se assustar.

Não estava minha prole, não havia ninguém lá

Minhas mãos se projetando numa escura cor

Onde o Sol já não tocava, onde o mar perdia a cor

Foi dali que projetei numa tiara de nobreza, 

Ó Rainha, mãe do mar, me proteja da tristeza

E assim que manifesta, já me trouxe suas flores

De roxo ao amarelo carregou as minhas dores

Foi então que me dei conta de que nunca estou sozinho

Iemanjá de meia noite, tão profunda e tão divina

D.R.

 Você acha que me conhece? 

Que entende de mim?

E ainda que me dê de todo

Mesmo passando um dia e outro


Não tá valendo não

Gastou essa paixão

Eu me perdi de novo

Chego a pedir socorro...


Eu sei que te conheço

Porque te dei apreço

Te abracei inteiro

Guardei até o momento


Fala direito comigo

Me passa mais um castigo

Culpado sou eu por tudo

Veste de novo o luto...


Que esse amor morreu...

Você desligou , cansou

Eu fui atrás das outra 

Comi umas água louca

 Te vejo amanhã.

Preciso

 É preciso curar a ferida

É preciso pagar o preço

É preciso cuidar da saúde

É preciso fazer a vida vomitar dinheiro

É preciso olhar os dois lados antes de se arriscar 

É preciso entender pra saber

É preciso deixar a morte chegar, a esperança morrer e o dia nascer. 

É preciso deixar, aceitar e andar. 

É preciso.

Bem ali

 Ponha-se para fora dos meus olhos

Leve consigo o meu fracasso

Jure de pé junto que não volta

Bata atrás de você aquela porta

Pois atrás dela é onde mora o meu amar.


Eu já me liberei daquela culpa

Quebrei os velhos laços de ternura

Morri de cegueira e de costume

Não negue o meu enterro pra ninguém.


Tudo que sobrou foram mentiras

As minhas, as suas, as não ditas

Premeditadamente acidental

Rachar minhas certezas tão distintas

Lembrar que sou apenas passageiro

Num barco que insiste em afundar.

When i feel good, you don't feel good

 When i feel good, you don't feel good.



A falta que você me faz é o favor que você me fez

É o gosto de fim de mês,notado o que já não tem

A falha que você me traz transita entre o que se talvez

Traduz o sentir assim, se agarra no que me tornei.


Mas se de tudo falta o muito, 

Que adianta espernear,

As velas já vão longe 

E eu fincado à beira mar


Se de longe é tudo tão pequeno...

Quem é que vai se importar...?

Põe um outro mais ou menos

Toca aquela preu cantar


De resto eu já me curei, coragem de envenenar

Encontro quinze pras três, se arruma e não vai chegar