Mutretas e monaretas

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Location: Salvador, Bahia, Brazil

Tuesday, April 24, 2007

Grandes amores e pequenas pessoas.

Olá amor,

Mais uma vez,as teclas vão fazer o que minha voz não pôde,expressar um eu mais real do que aquele que eu divido com o resto do mundo.Vou tentar te dizer a verdade que tenho insistido em esconder.
Nós acabamos mesmo sem termos começado,eu perdi a sua mão no meio da multidão,eu fui tudo aquilo que pude,menos o que você queria.Não existe felicidade sem amor,e infelicidade sempre foi a rota usual p/ mim.A chance passou, os carros pararam e eu não atravessei.
Vou pisando devagar na sua ausência,o mundo ainda me assusta,as certezas derreteram ao sol,meu amor morre hoje,tem de morrer.
As datas sempre são importantes,meu aniversário, o seu,do filho.Os números são a forma que encontramos p/ tentar explicar o caos,e nessa lógica, eu me rendo,eu aceito qualquer acordo que me faça sofrer menos,porque meus joelhos já pediram a todos os deuses,porque eu já fiz todas as simpatias e promessas p/ deixar você sair de dentro de mim.Nenhuma funcionou,eu continuo querendo o que não tenho,ciumento e agourento,tudo que eu sempre tive medo de me tornar.Não reconheço mais minhas atitudes,estou sem equilíbrio,tô caindo em mim sem rede de segurança,posso sentir cada pedaço que quebra,hemorragia interna,coração partido.

Velhice

Outro aniversário começa e outra esperança se perde.Não adianta chorar pelo que passou,nem mesmo pelo agora,o negócio é tentar a evolução é encarar os dias que me faltam como o espaço p/ começar uma versão 2.o de mim mesmo.
Esse primeiro passo é sempre o mais difícil,mudar os hábitos,aprender coisas novas,perdoar os inimigos,encontrar novos amigos,esquecer os amores perdidos,abrir as portas p/ outros.As medidas práticas eu nem sei ainda,mas largar os cigarros já se tornou uma necessidade(tão caros),mudar de cidade ou mesmo de bar,tudo parece um recomeço.